Karine Meurer
Maria Aparecida Tavares
Conhecimento, Doação, Órgãos e tecidos
A doação de órgãos sempre foi um tema polêmico. Tão logo os transplantes se firmaram, seu maior fator limitante passou a ser a escassez de órgãos, devido a dúvidas, medos e falta de informação. A remoção dos órgãos e tecidos só pode ocorrer após o diagnóstico de morte encefálica, definido como a parada completa e irreversível das funções encefálicas. Todo profissional de saúde tem um papel divulgador e educador no processo de doação de órgãos, esclarecendo as fases do processo a serem seguidas e como parte integrante da sociedade solidária; conscientizando a população para que esta saiba quando e como contribuir. Objetivou-se com este estudo identificar possíveis doadores de órgãos e tecidos entre os acadêmicos da UnC – Caçador, bem como o grau de conhecimento, diante do processo de doação. Trata-se de uma pesquisa de caráter quantitativa, realizada na Universidade do Contestado – Campus de Caçador. Foram entrevistados 40 acadêmicos, com questionário contendo quinze questões abertas e fechadas. Os resultados foram analisados e representados por gráficos. Obteve-se como resultado: 57,5% dos entrevistados doariam seus órgãos, 90% são a favor do processo de doação, 90% não conhecem as leis que disciplinam a doação, 82,5% não sabem os tipos de doadores existentes, 67,5% que o rim é um dos órgãos que pode ser doado, 72,5% concordam em doar os órgãos dos familiares, 50% acreditam que a demora na realização da captação é que dificulta a doação dos órgãos, 50% responderam que doariam o rim ainda em vida, 90% não acreditam que o corpo do doador fica deformado e 30% acreditam que ao doar órgãos estão sendo solidários com a humanidade. Conclui-se que apesar das informações disponíveis sobre o processo de doação de órgãos e tecidos, ainda se faz necessário mais divulgação e informação. Cabe a nós profissionais da saúde e população a responsabilidade de disseminar o conhecimento, abrangendo o período de formação da pré-escola até o ensino superior, objetivando maiores esclarecimentos à população, principalmente aos acadêmicos da área de saúde, ganhando com isso pessoas mais conscientizadas e divulgadoras, afastando dúvidas, mitos, desinformação e preconceitos sobre algo tão importante que é lutar pela vida.
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