Fernanda Aparecida Boroski
Patrícia de Lima Ribeiro
Conhecimento, Enfermagem, Precauções padrão e específicas
Um dos grandes riscos do ambiente hospitalar é a transmissão de bactérias e patógenos entre pacientes colonizados ou infectados para pacientes suscetíveis e profissionais de saúde, contribuindo para o aumento das infecções cruzadas. Na Unidade de Terapia Intensiva, encontram-se pacientes portadores de doenças graves, submetidos com frequência a procedimentos invasivos, expostos a antimicrobianos, resultando em pacientes suscetíveis a desenvolver infecções. As medidas de precaução padrão e especificas têm o objetivo de preservar os profissionais, pacientes e familiares da contaminação por bactérias e a transmissão de infecções altamente contagiosas. Este trabalho trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa, com o objetivo geral de avaliar o conhecimento da equipe de enfermagem que atua na Unidade de Terapia Intensiva a respeito das precauções padrão e específicas. Os dados foram coletados por meio de questionário nos meses de Fevereiro e Março de 2019, com 44 profissionais da enfermagem que atuam na UTI de um hospital do meio oeste de Santa Catarina. Os resultados foram analisados por meio de estatística descritiva, os quais evidenciaram que os sujeitos da amostra têm dificuldade em definir o tipo de precaução que deve ser utilizada frente as patologias questionadas, apresentando divergência em relação aos equipamentos de proteção individual que se faz necessário para cada tipo de precaução, evidenciando maior dificuldade no que se refere a escolha da máscara de proteção, não sabendo as situações que devem fazer uso da máscara cirúrgica e nas quais se faz necessário uso de máscara N95. Os fatores que dificultam a utilização das medidas de precaução são citados pelos sujeitos como sendo; a carência de treinamentos, capacitações e conhecimento, lembrada por (15%) dos entrevistados, conscientização dos profissionais quanto a importância de seguir corretamente as medidas de precaução, sendo elencada por (18%), nas emergências ou intercorrências (20%), e a falta de materiais ou equipamentos adequados (15%) dos sujeitos. Os dados analisados na pesquisa demostram um baixo nível de conhecimento da equipe de enfermagem com o tema abordado, fazendo-se necessária uma reflexão por parte da instituição sobre formas de possibilitar um maior esclarecimento desses profissionais, sobre os agravos que podem ocorrer tanto ao paciente, quanto ao profissional quando expostos a agentes patológicos de forma inapropriada.
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