Cristhian Leonardo Fenili
José Luiz Petri
Malus doméstica borkh, novos cultivares, hábito de crescimento, frutificação
A macieira (Malus domestica Borkh) pertence à família Rosaceae e subfamília Pomoideae, agrupam 100 gêneros, mais de 2000 espécies, e no mundo existem mais de 7500 cultivares. No Brasil, um grande problema é a falta de adaptação de cultivares em regiões com baixa altitude, e atualmente cerca de 90% das áreas cultivadas são representadas por apenas dois cultivares, Gala e Fuji. Isso ocasiona outros problemas, como alta suscetibilidade a doenças; concentração da mão de obra na colheita, processamento, armazenamento e manejos culturais, fatores que encarecem e limitam a produção. Uma solução para esses problemas tem sido o desenvolvimento de novos cultivares, com melhor adaptação às regiões produtivas brasileiras, com resistência à doenças, qualidade de frutos, boa conservação e época de maturação e colheita que otimizem a mão de obra disponível, escalonando ou ampliando a colheita. O objetivo desse trabalho foi observar o comportamento de duas seleções (M10-09 e M58-07) e cinco cultivares (Daiane, Luiza, Venice, Elenise, Monalisa), lançadas pelo programa de melhoramento genético da Estação Experimental da EPAGRI de Caçador/SC, a fim de identificar a adaptabilidade à região do meio oeste catarinense, bem como avaliar o potencial agronômico dos mesmos. Os cultivares avaliados demonstram hábitos de crescimento e frutificação diferenciados, com um menor vigor na ‘Daiane’ e na ‘Monalisa’, uma frutificação efetiva maior na ‘Venice’ e ‘M58-07’, e um número de flores maior na ‘Monalisa’. Mostram uma boa adaptabilidade a essa região, com boa resposta à indutores de brotação, e uma boa brotação de gemas. Eficiência produtiva similar, com destaque para ‘Daiane’ e ‘Luiza’. Massa fresca média dos frutos maior na ‘Daiane’, ‘Elenise’ e ‘M58-07’.