Jonathan Willian Seibel de Miranda
Frank Dieter Schulze
Garrafas PET, Resíduos sólidos, Blocos de concreto, Reciclagem, Meio Ambiente, PET na construção civil
A busca pela sustentabilidade no uso consciente de materiais na construção civil faz com que a aplicação de recursos renováveis se torne uma necessidade. A geração de resíduos é uma consequência direta e natural do aumento do consumo das sociedades, em especial urbanas. Incalculáveis são os problemas ocasionados pela disposição do lixo lançados na natureza. Já que os resíduos plásticos permanecem na natureza por longos anos, acaba-se gerando muitos resíduos sólidos, por isso é importante sempre ter novas alternativas para que possamos diminuir esse impacto causado no meio ambiente, ou seja, a reciclagem do PET pode trazer muitos benefícios, e também colabora para a preservação ambiental, já que as mesmas são 100% recicláveis. Estima-se que há no Brasil um consumo anual de aproximadamente 250 bilhões de unidades PET. Deste total, cerca de 4,7 bilhões são lançadas indiscriminadamente no meio ambiente e 294 mil toneladas são recicladas anualmente. Por isso o PET na construção civil já vem utilizado em produtos como caixas d’água, tubos, e conexões, torneiras, piscinas, telhas, bancadas, pias, tintas, vernizes e atualmente na união ao concreto armado. Esse é um reflexo de busca de novas técnicas mais eficientes para o melhor aproveitamento dos recursos materiais e financeiros disponíveis, eliminando assim os desperdícios e reduzindo os custos, prazos e agregando valor ao produto final. Além da possível redução dos impactos ambientais, os aspectos de resistência à compressão, retração plástica, aumento da tenacidade, e durabilidade são outras vantagens do uso do PET triturado. O presente estudo teve como objetivo avaliar a substituição parcial do agregado miúdo natural por PET triturada, foram obtidos dois traços, um bloco de concreto sem PET, e outro com a substituição de 15% do agregado miúdo natural, após todos os ensaios feitos em laboratório observamos que os blocos com PET, obtiveram menor absorção de água em relação ao bloco sem PET, ou seja, ficou menos permeável, e também se tratou de um bloco mais compacto e mais uniforme. Os ensaios de resistência foram feitos aos 28 e 56 dias de idade e os dois traços tiveram resultados médios similares, toda via podemos afirmar que é viável a substituição parcial do agregado miúdo natural pela PET triturada.