Marta Aparecida Goes
Sandra M. Abello
Grafite, pichação, primeiras expressões artísticas
A arte publica é a forma de mudanças nos aspectos visuais das cidades, propiciando uma potencialização de identificações estéticas, mesmo quando leigos em teorias. Sendo assim, ela permite ao artista ou criador, a essência de sua obra e o melhor, o conhecimento dela á todos os passantes observadores. As proporções alcançadas com esses projetos artísticos que não são reservadas a Museus ou galerias são muito mais amplas já que um grande número de pessoas terá acesso a essas imagens como é o caso do grafite que transformou a arte em meio de comunicação, expressão, ideias, sentimentos explícitos nas observações manifestadas. O presente trabalho de conclusão de curso apresenta os resultados obtidos através da oficina realizada com um grupo de professores e funcionários da Escola Municipal Cândida Bertotto Zucatti situada no município de Macieira SC voltada para o grafite e suas ligações com os desenhos e pinturas deixadas na Antiguidade como é o caso das paredes rupestres como também esclarece as diferenças com a pichação muito confundida pelo motivo de ter sido vinculado por muito tempo com o grafite e somente depois da queda do muro de Berlim, onde prevaleceu pichações e grafites, mais somente no final dos anos setenta é que o grafite foi reconhecido como arte e pichação crime. Para tanto, foi necessária uma extensa pesquisa bibliográfica visando verificar de que forma o grafite foi reconhecido como arte e a pichação como crime, vandalismo como também as vertentes em que surgiram os primeiros grafites na qual uma delas é o grafite nascido nos guetos nova-iorquino sendo o terceiro elemento do Movimento hip- hop surgido no final dos anos setenta no Modernismo. Outra vertente do grafite é aquela surgida na Antiguidade como os Murais egípcios romanos e gregos em que a pintura em paredes trazia o embelezamento. Porém até os dias de hoje ainda existem pessoas que acreditam que a pichação e o grafite são crimes. Durante a oficina, foi necessário trabalhar o olhar dos componentes do grupo para perceberem o grafite como arte manifestada através de imagens, cor, forma e movimento geralmente produzido por grafiteiros preparados artisticamente ao contrário da pichação que trás somente adeptos voltados para a poluição visual e agressiva destruindo visualmente os patrimônios públicos. Por essas comparações erradas entre grafite e pichação chegou-se a esse trabalho no qual o objetivo foi fazer com que o grafite seja entendido, compreendido como arte que expressa criticas, sentimentos, ideologias entre outros com o uso de imagens artísticas e que a pichação trabalha com letras, códigos e símbolos de rebeldia, vandalismo e denúncias expressando descontentamento com alguma situação e brigas entre gangues. Percebe-se com isso o fundamento da problemática trazida para o debate neste trabalho. A partir daí urgia a produção do grafite nas paredes externas da sala de aula de reforço da escola Municipal Cândida Zucatti, situada no município de Macieria SC. Foi então que esboços foram elaborados em folhas de papel oficio no qual em seguida grafitados nas paredes respeitando todo o trabalho voltado a uma proposta artística da cultura do local seguindo o estilo artístico do artista grafiteiro Keith Haring. Foi colocado o mesmo olhar artístico conseguindo assim um resultado que convida a reflexão de que o grafite ali deixado manifesta e expressa artisticamente aquele local. Foi utilizado lápis 6B, pinceis e tinta Acrílica/parede com cores fortes e contornos bem expressivos chamando a atenção dos passantes que interpretavam sem fugir do tema grafitado pelo grupo “O aluno em primeiro lugar”. Dessa forma, foi percebido pelo grupo a necessidade que os homens das cavernas tinham para se comunicar e que aqueles desenhos deixados por eles tem uma ligação com o grafite da sociedade atual, pois o objetivo dessas escritas e desenhos nas paredes geralmente em lugares públicos invoca a necessidade de comunicação que expressa e que manifesta alguma situação, sentimento, critica, ideologia entre tantas outras necessidades que através da arte de grafitar se comunica com as cidades fazendo com que os passantes observem, critiquem, elogiem ou até mesmo se identifiquem com as imagens ali talvez eternizadas como também o uso do mesmo suporte, a pedra, lugares públicos onde os passantes são os espectadores
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