Francine de Matias
Clayton Luiz Zanella
Morte, Medicina e percepções
O presente estudo discorre sobre a morte em seus aspectos gerais, abordando-a através dos séculos, religiões e culturas, define e explica os estágios da morte. Discorre também sobre a medicina no Brasil, as especialidades médicas e então relaciona a medicina e a morte, conceitua os significados de percepções. A palavra morte sempre foi palavra assustadora para todos, pois ela traz sentimentos negativos, como o medo, a angústia, ansiedade e desconforto. Os médicos são seres humanos e estão expostos a situações difíceis envolvendo a morte, eles participam do sentimento de perda de cada família, tendo que lidar com está experiência indesejada por todos, sendo cobrados de sua competência profissional. Diante disso, surgiu um problema: quais são as percepções de profissionais médicos sobre a ocorrência da morte de seus pacientes? É escassa a preocupação de como esses profissionais pensam e agem nessas situações, se tem influência em sua vida pessoal e que estratégias utilizam para informar os familiares sobre a morte de um ente querido. A relevância científica se explica através das reflexões e aspectos da realidade vivenciada por esses profissionais. O objetivo principal deste estudo foi identificar as percepções de profissionais médicos sobre a vivência da morte de pacientes e suas possíveis intercorrências. Para que esse objetivo fosse alcançado, analisaram-se as percepções e atitudes de médicos em relação à morte de pacientes; identificou as possíveis interferências que ocorrem na vida pessoal de médicos a partir da vivência da morte de pacientes; e foram investigadas as estratégias utilizadas pelos médicos para informar aos familiares sobre a morte de entes queridos. A pesquisa de campo foi desenvolvida a partir da aplicação de um questionário previamente estruturado com dez perguntas abertas e fechadas. A análise dos dados, foi realizada e apresentada através de tabelas, também foi realizada análise qualitativa a partir do referencial teórico existente sobre a temática em tela. Foram sujeitos da pesquisa um total de dez profissionais médicos de idades e especialidades variadas que já vivenciaram na prática situações que envolvem a morte de pacientes e que atuam nas cidades de Caçador, Videira e Pinheiro Preto localizadas no estado de Santa Catarina. Com resultados foi possível constatar as diferentes percepções dos profissionais médicos sobre a vivência da morte de pacientes, pode-se perceber que 70% dos entrevistados consideram que pelo menos, às vezes, a morte de pacientes interferem em suas vidas pessoais. Através dos relatos, constata-se que no momento de informar a morte de um ente querido aos familiares é importante ficar ao lado, confortá-los e esclarecer as dúvidas.
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