Susana Bortoluzzi Casali
Suzanne Mendes Valentini
Aprendizado, auto expressão, evolução gráfica
Fazemos parte de uma cultura que considera a arte de desenhar uma atividade escolar, ou exclusiva de alguns artistas, não como forma de expressão da cultura nem possível o seu aprendizado. Encontramos entre os adultos aqueles que não tiveram a oportunidade de estudar quando crianças ou jovens e hoje se acham velhos demais para isso. O aprendizado do desenho pode acontecer em qualquer momento na vida de uma pessoa, mas é na primeira infância que o desenvolvimento gráfico inicia-se de forma natural. O que vemos é a falta de estímulo para a continuidade desta evolução, o que acarreta em bloqueios quanto à produção gráfica. O “não sei desenhar” surge em torno dos três anos de idade e é uma constante entre os adolescentes e adultos, reproduzindo a idéia de que “meu desenho é ridículo”. Não que de fato não o seja, pois estes apresentam traços infantilizados que na maioria das vezes não evoluem apesar das tentativas. Atividades lúdicas, a pesquisa de diversos suportes e materiais artísticos, o exercício da auto- expressão, os elementos da linguagem visual, o desenho de observação, exercícios gráficos e de leitura visual de imagens do cotidiano, servem de ferramentas para garantir a evolução gráfica esperada em cada faixa etária do desenvolvimento.