CAROLINE RECK
Profa. Dra. Madalena Pereira da Silva (Orientadora) – PPGEB/UNIARP
Ecoformação, Tecnologias digitais, Educação inclusiva, Formação continuada.
Esta pesquisa pauta-se nos fundamentos da ecoformação visando ao aprendizado para a vida do sujeito. Assim, considera-se que a inserção das tecnologias educacionais inclusivas na formação continuada, com base epistemológica na ecoformação, seja a tecnologia adotada como um artefato sociocultural. Este estudo realizou-se com professores atuantes na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais Antonieta Nogueira Soares do Município de Porto União- Santa Catarina e objetivou aplicar uma proposta de formação continuada para os docentes com estratégias para possibilitar a inclusão das tecnologias digitais para a atuação dos profissionais no âmbito da educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Sob esse viés, estabeleceu-se a seguinte questão: como as tecnologias educacionais podem ser inseridas na formação de professores que atuam na educação especial na perspectiva da educação inclusiva na APAE de Porto União? Em vista disso, especificamente, definiu-se: a) Contextualizar a educação especial inclusiva, as tecnologias educacionais e a formação dos professores na perspectiva da ecoformação; b) Identificar dentre os professores as tecnologias digitais já existentes no CAESP e as possibilidades para dinamizar o uso na perspectiva da educação inclusiva; c) evidenciar quais tecnologias podem ser aplicadas na formação dos professores junto aos participantes em potencial docentes e; d) sistematizar em formato digital uma proposta ecoformadora de tecnologias educacionais para professores das escolas especiais de SC. Metodologicamente, respaldou-se na pesquisa qualitativa, com abordagem da pesquisa-ação, por meio do trabalho colaborativo com um grupo focal e foram analisados as possibilidades e os desafios da inserção dos recursos tecnológicos existentes no Centro de Atendimento Educacional Especializado – CAESP na cidade de Porto União/SC. O aporte teórico da pesquisa baseou-se em Alonso (2021); Belonni (2003); Bersch; Tonolli (2006); Campos (2016) e Caron (2017) entre outros para discutir as tecnologias digitais na educação inclusiva. Delors (1996); Mazzota (1982; 2000); Nóvoa (1995, 2000, 2006) para discutir sobre educação e Torre.; Zwierewicz (2009); Torre, Moraes; Pujol (2008) para tratar da ecoformação, dentre outros mais pesquisadores que agregaram à discussão apresentada. A proposta de ecoformação levou a compreensão de que não basta simplesmente incluir, mas sim remodelar o papel do ensino, da escola e do professor. Desse modo, tanto a formação inicial quanto a continuada demandam exigências para a transmutação do modelo de uma formação tradicional, isto é, ainda seguindo paradigmas de professor detentor do saber, para um modelo de reflexão na ação no qual o educador compreenda que ele é um constituinte do processo juntamente com o estudante, devendo ambos serem capazes de provocar mudanças. Logo, realizar a inclusão é propiciar a criação de sistemas de ensino com mais qualidade e não democratizar as carências do sistema, tendo em vista que os sistemas de educação inclusiva não se alicerçam somente nas atitudes dos educadores, mas demandam também que os recursos sejam ofertados à escola. Palavras-chave: Ecoformação. Tecnologias digitais. Educação inclusiva. Formação continuada.
This research is based on the fundamentals of eco-training aimed at learning for the subject's life. Thus, it is considered that the insertion of inclusive educational technologies in continuing education, with an epistemological basis in eco-training, is the technology adopted as a sociocultural artifact. This study was carried out with teachers working at the Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais Antonieta Nogueira Soares in the city of Porto União- Santa Catarina and aimed to apply a proposal for continuing education for teachers with strategies to enable the inclusion of digital technologies for the performance of teachers. professionals in the field of special education from the perspective of inclusive education. Within this objective, the following question was established: how can educational technologies be inserted in the training of teachers who work in special education from the perspective of inclusive education in APAE in Porto União? In view of this, it was specifically defined: a) to detect demands and potentialities of the use of technologies as resources that facilitate the learning of students with disabilities; b) Carry out a mapping of the digital technologies that already exist in CAESP and create possibilities to boost their use from the perspective of inclusive education; c) Evidence which technologies can be applied in teacher training with potential participants (teachers and trainers) and; e) Structure the final version of the training and eco-training proposal in digital format so that the material produced can be used in other municipalities in the state of Santa Catarina. Methodologically, it started from qualitative research, with an action-research approach, through collaborative work with a focus group and the possibilities and challenges of the insertion of existing technological resources in the Specialized Educational Assistance Center - CAESP, in the city of Porto were analyzed. Union/SC. The theoretical contribution of the research was based on Alonso (2021); Belonni (2003); Bersch; Tonolli (2006); Campos (2016) and Caron (2017) among others to discuss digital technologies in inclusive education. Delors (1996); Mazzota (1982; 2000); Nóvoa (1995, 2000, 2006) to discuss education and Torre.; Zwierewicz (2009); Torre, Moraes; Pujol (2008) to address eco-formation, among other researchers who added to the discussion presented. The eco-training proposal led to the understanding that it is not enough to simply include, but to implement and remodel the role of teaching, the school and the teacher. In this way, both initial and continuing training demand requirements for transmuting the model of an archaic training, to a model of reflection and questioning, in which the educator understands that he is a constituent, and must be able to bring about changes. Therefore, to carry out inclusion is to promote the creation of quality systems and not to democratize needs, considering that inclusive education systems do not rest only on the attitudes of educators, but also demand that resources be offered to the school. Keywords: Ecoformation; digital technologies; inclusive education; Continuing training.
2023
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