Bianca Alves Lima
Ticiana Camila Mora
Tabagismo, Combate, Abordagens terapêuticas
Em virtude de sua alta toxicidade, o tabagismo é amplamente reconhecido como uma doença epidêmica resultante da dependência de nicotina. A fumaça do tabaco contém 4700 substâncias, além da nicotina. Entre elas, incluem-se alcalóides do alcatrão, metais pesados, nitrosaminas, elementos radioativos, aldeídos e outros agentes altamente tóxicos para as vias aéreas. Além disso, o tabaco é um fator de agravamento para asma, pneumoconioses, tuberculose e outras doenças respiratórias, incluindo o tabagismo passivo. Para a Organização Mundial da Saúde, três milhões de fumantes morrem por ano de doenças relacionadas com o tabaco, sendo assim, o tabagismo é a maior causa preveniente de morbidade e de mortalidade em muitos países. Mas a dependência da nicotina é um comportamento tão virulento que embora 70% dos fumantes desejem parar de fumar, apenas 5 % destes conseguem fazê-lo por si mesmos, pois o comportamento do fumar não apenas causa doenças, mas é ele mesmo, uma doença: a dependência da nicotina. Porém, atualmente há oferta de medicamentos e de intervenções comportamentais que apoiam as pessoas a deixarem de fumar. As chances de parar são dobradas, mesmo se o paciente optar apenas pela monoterapia, mas a probabilidade de parar é ainda maior quando combinadas a farmacoterapia e outras estratégias, como o aconselhamento. A elaboração deste trabalho objetivou- se apresentar os conceitos e os principais fármacos e terapêuticas no combate ao tabagismo. O paradigma que incentiva e justifica seu desenvolvimento é apoiar a saúde pública frente ao desafio de remeter políticas e programas cujos objetivos são eliminar a poluição tabágica e favorecer a interrupção do consumo do tabaco. O texto aborda através de pesquisas bibliográficas e bases indexadas, a história do tabagismo, a farmacologia da nicotina e suas ações, os tipos de tratamento da dependência da nicotina e outras abordagens de combate ao tabagismo. Conclui-se que, o tabaco causa dependência através da nicotina; e que os processos farmacológicos e comportamentais que determinam a dependência ao tabaco são similares àqueles que determinam a dependência de outras drogas como a heroína e a cocaína. Assim, a dependência do tabaco não deve ser vista apenas como um “vício psicológico”, mas como uma dependência física que deve ser tratada como uma doença médica, nos mesmos moldes do tratamento de outras substâncias que causam dependência. Desta maneira este trabalho apresenta-se efetivo para orientação e apoio à população, pois apresenta as principais abordagens terapêuticas no combate ao tabagismo.
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