Adriane Alves da Cruz
CIRCE MARA MARQUES
Não Informado
Esta pesquisa trata da inclusão de crianças com deficiência na escola regular. A educação para todos é um direito legal conquistado pela sociedade brasileira desde a Constituição Federal de 1988, reafirmado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/90) e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9394/96). Crianças com e sem deficiência têm direito a conviver e aprender juntas nas escolas regulares. Contudo, em se tratando da concretização dessa normativa legal, os sistemas de ensino ainda têm um longo caminho a percorrer. Os percalços, nesse caminho, abarcam a precariedade de recursos físicos, materiais e humanos da maioria das escolas públicas. Em meio a esses entraves, trinta anos depois da promulgação da Constituição Cidadã, ainda é bastante comum encontrarmos posições receosas com relação à inclusão na escola regular. Entendemos como importante escutar o que as famílias das crianças com deficiência têm a dizer sobre isso. Então, a questão que mobilizou esse estudo foi: de que modo os pais (ou responsáveis) pelas crianças com deficiência avaliam o processo de inclusão de seus filhos no ensino regular? O objetivo principal foi o de analisar o olhar das famílias das crianças com deficiência sobre seu próprio filho e sobre o processo de inserção dessa criança no ensino regular das escolas públicas de ensino fundamental de Caçador. No aspecto metodológico, a dissertação constitui-se de pesquisa de abordagem qualitativa do tipo descritiva e cunho interpretativo. Os participantes foram cinco representantes de famílias de crianças com deficiência, matriculadas nas séries iniciais - 1º e 2º ano do ensino regular, em escolas públicas de Caçador-SC. Para a coleta de dados foram realizadas visitas domiciliares às famílias e uma entrevista com questões semiestruturadas. Os dados revelaram que todas as famílias participantes têm expectativas positivas com relação a seus filhos e, sob o ponto de vista delas, as escolas públicas de ensino fundamental de Caçador, vêm atendendo satisfatoriamente às demandas do processo de inclusão, contudo apontaram a formação de professores, a presença do profissional de apoio e o tempo de Atendimento Educacional Especializado (AEE) como aspectos a serem melhorados.
Não Informado
2018
Não Informado