Lilia Capelin
Joel Haroldo Baade
Não Informado
A presente dissertação tem como questão central descrever a inserção social do imigrante haitiano em termos de expectativas e vivências em Caçador, Santa Catarina, Brasil. A pesquisa que subsidiou este estudo expõe dados bibliográficos no primeiro capítulo, trazendo a vida social no contexto de globalização neoliberal e o aspecto do movimento como qualidade de evolução e desenvolvimento das sociedades, bem como fato central da vida e dos sonhos dos imigrantes haitianos. Apresenta em foco as conceituações acerca das terminologias migração, imigração e emigração e seus desdobramentos contemporâneos, como os refugiados, asilados, exilados e transmigrantes. Ainda neste primeiro momento, é apresentado um panorama dos movimentos migratórios que têm permeado o mundo nos últimos oito anos. Na compreensão da complexidade do fenômeno migratório, é primaz trazer elementos tanto da sociedade de origem quanto da sociedade de destino; e o segundo capítulo cita a abordagem histórica do contexto social, econômico e político da formação da nação haitiana (1492) até os anos de 2018. Expõe-se, também nesse capítulo, uma análise conjuntural em torno do Brasil, Santa Catarina e Caçador, clarificando qual é o local de destino encontrado pelo imigrante. No capítulo terceiro, explica-se a pesquisa de campo que investiga a questão central. A abordagem metodológica se deu por meio de entrevista semiestruturada e observação, com dados coletados qualitativamente. Inferese, por meio deste estudo, que o imigrante haitiano está longe de ser inserido como cidadão, de fato, no Brasil, visto que o país não dá conta sequer dos “seus”. Concluiu-se que o imigrante tem o trabalho como principal objetivo para a migração, para melhoria em suas condições de vida e para a remessa de quantias para o país de origem, na intenção de colaborar no sustento dos que ficaram. Percebe-se a dificuldade para a mulher haitiana conseguir trabalho e os empecilhos que o idioma apresenta para a vida em sociedade. Não há políticas públicas ou serviços específicos no município que visem o atendimento e inserção do imigrante, todavia o discurso dos haitianos entrevistados remonta um Haiti que não oferece as mínimas condições de dignidade ao ser humano. Desta maneira, vê, no Brasil, uma possibilidade de destino, mesmo este não se aproximando de uma conjuntura ideal.
Não Informado
2018
Não Informado