Antony Guimaraes de Amorim
Capitalismo, Família, Serviço social
O presente trabalho busca refletir sobre o impacto do capitalismo na estrutura e nos vínculos familiares destacando como a lógica da produção, do consumo e da precarização do trabalho influencia a organização familiar e as relações afetivas. A pesquisa evidencia que o modelo capitalista, ao priorizar o lucro e a competitividade, contribui para o aumento da sobrecarga laboral, migração de trabalhadores, desigualdade econômica e fragmentação dos laços familiares. A investigação se apoia em referenciais teóricos do Serviço Social e da sociologia crítica discutindo as consequências sociais, culturais e econômicas desse processo e refletindo sobre estratégias de enfrentamento e fortalecimento dos vínculos familiares, tais como o fortalecimento das políticas públicas de proteção social, a valorização do trabalho digno e da renda familiar, o estímulo à convivência comunitária e a atuação intersetorial entre as áreas da assistência social, educação e saúde. Além disso, destaca-se a importância da atuação crítica do assistente social, mediada pelo Projeto Ético-Político Profissional, no sentido de promover a emancipação dos sujeitos, o acesso a direitos e a reconstrução de vínculos fragilizados pelas contradições do sistema capitalista. O estudo contribui para a compreensão crítica das transformações contemporâneas da família e da necessidade de políticas públicas que promovam a coesão e o bem-estar familiar.